Ela que mede é uma produção croata que ganhou só dois premios em Annecy 2008. E é atração no festival de curtas de São Paulo.
A animação 3d tem ares pós-apocalípticos (e não tem jeito de não pensar em Matrix, quando um grupo é drenado em umas engenhocas). Num ambiente árido que parece dar em lugar nenhum, um grupo de pessoas segue com seus carrinhos de compras, hipnotizados por uma ”máscara-tv”. Enquanto seguem pelo caminho da vida, apenas vão catando os produtos que lhe são jogados pelo chão. E fazem isso completamente absortos pela publicidade. Familiar né? Pois fica pior... Quem os guia é nada mais nada menos que um palhaço. Ele, de forma um tanto “átipica” (pra ficar claro, esses produtos são todos uma merda...) vai deixando esses produtos pelo chão. E ele, o palhaço, nada mais é que representação de todas as imundices do mundo.
O filme é cheio de simbolismos e metáforas. E traz um conceito estético que contrasta a solidez do palhaço com a fragilidade e quase transparência dos seres humanos.
Seres humanos que caminham até o fim da vida levando carrinhos cada vez mais cheios. Mas não todos. Alguém consegue fugir desse ciclo vicioso e simplesmente vive.
Enfim,uma críticazinha danada à sociedade de consumo.


Tá curioso? Não vai a SP? Então vou quebrar seu galho... Assista ao filme aqui.
=D

Um abraçoso.
Cristiane Fariah